sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Moluscos, Anelídeos e Artrópodes


Os Moluscos

Ao passear na areias de uma praia, muitas pessoas gostam de admirar e pegar conchinhas trazidas pelas ondas. Essas conchinhas são de diversos tamanhos, formas e cores. Muitas vezes, se tornam bijuterias, pequenos enfeites, ou até mesmo elementos de uma coleção.
Os moluscos têm uma composição frágil, são animais de corpo mole, mas a maioria deles possui uma concha que protege o corpo. Nesse grupo, encontramos o caracol, o marisco e a ostra. Há também os que apresentam a concha interna e reduzida, como a lula, e os que não têm concha, como o polvo e a lesma, entre outros exemplos.

concha é importante para proteger esses animais e evitar a perda de água. Ela é produzida por glândulas localizadas sob a pele, uma região chamada de manto.
Ela não é uma parte viva do corpo do molusco; conforme o animal aumenta de tamanho, novo material é acrescentado à concha, que pode variar de forma e tamanho e ser formada por uma ou mais peças.

Onde vivem os moluscos
Você pode encontrar moluscos no mar, na água doce e na terra. Por exemplo: o caramujo e a lesma ficam em canteiros de  horta, jardim, enfim, onde houver vegetação e a terra estiver bem úmida, após uma boa chuva; ficam também sobre plantas aquáticas em lagos, beira de rios etc. O grande caramujo marinho vive se arrastando nas rochas ou areias no fundo do mar. Já as ostras e o marisco fixam-se nas rochas no litoral, enquanto a lula e polvo nadam livremente nas águas marinhas.
No tempo em que ainda não havia vida no ambiente terrestre, os moluscos - com a sua concha protetora - já habitavam os mares. O caramujo do mar é uma das espécies que têm 500 milhões de anos de história. Portanto ele já existia há alguns milhões de anos antes dos peixes surgirem no mar. Fósseis revelam que esses seres, atualmente pequenos, foram, no passado, bem maiores, pois há concha fóssil de 2,5 metros.
                                                         O corpo dos moluscos

Como já vimos, os moluscos têm corpo mole. A sua pele produz uma secreção viscosa, também conhecida por muco, que facilita principalmente a sua locomoção sobre troncos de árvores e pedras ásperas, sem machucar o corpo.
O corpo desse tipo de animal é composto por: cabeçapés e massa visceral. A massa visceral fica dentro da concha e compreende os sistemas digestório e reprodutor.

Pérolas

Designa-se por pérola, qualquer concreção nacarada ou de outra natureza que se encontra em diversas espécies de moluscos bivalves, univalves, marinhos ou de água doce. A pérola é uma gema de origem orgânica e produzida no fundo das águas. Foi sem dúvida das primeiras a ser usada pelo homem como ornamento e adorno, ao encontrá-la dentro dos moluscos de que se alimentava (Pré-História). Embora muitos moluscos produzam pérolas, somente as ostras perlíferas que pertencem ao género Pinctada e que vivem em águas marinhas, são apreciadas em joalharia e têm verdadeiro valor.
A ostra perlífera é um molusco da classe dos Lamelibrânquios ou bivalves, sendo das mais procuradas a Pinctada Margaritífera, a Pinctada Martensi e a Pinctada Fucata, estas formam grandes bancos naturais em zonas de águas tropicais onde se pescam por diversos procedimentos.A Pinctada Fucata atinge os 12cm de diâmetro e encontra-se em importantíssimos bancos no Golfo Pérsico, Mar Vermelho e Sri-Lanka proporcionando pérolas de inegualável qualidade. A Pinctada Margatífera, ostra de grandes dimensões, pode medir até 20 cm de diâmetro, também se encontram no Golfo Pérsico, Austrália, México, etc.A Pinctada Martensi é uma ostra de pequeno tamanho, cerca de 7cm, e encontra-se no Japão. É nos mares da Austrália e Birmânia que se desenvolve a Pinctada Máxima, ostra que alcança os 30cm de diâmetro e produz das maiores pérolas do mundo, em lindíssimos tons de cor dourada e prateada.A vida de uma ostra perlífera começa com o depósito dos óvulos e espermatozóides no mar sendo animais gregários, óvulos e espermatozóides caem em zonas muito definidas e a possibilidade de fertilização é muito elevada. Depois de 24h o ovo fertilizado começa a desenvolver uma pequena concha bivalve que continua a ser livre e flutua arrastada pelas correntes marinhas. Uma semana depois já está em condições de se fixar a alguma "rocha".O seu crescimento nos primeiros dois anos é muito rápido e a partir daí tem de encetar autênticas batalhas com os inimigos de sempre - Estrelas do mar, raias, esponjas, etc.Biologicamente, o processo de formação de uma pérola é semelhante ao de formação da capa interna da concha e surge por reacção defensiva, ao isolar parasitas (Ácaro etc.) e também todo e qualquer corpo estranho animado ou inanimado, introduzido dentro dos seus tecidos ou ainda por alteração metabólica, funcional ou acidental da própria ostra.O material que envolve o intruso e que é segregado pelo animal constitui o "nácar" (conquiolina e carbonato de cálcio) que forma a pérola mais ou menos esférica.
As pérolas barrocas são também originadas num saco perlífero mas apresentam formas irregulares ; as chamadas "Aljofras" são pérolas muito pequenas que pesam sempre menos de 1/4 de grão, medida de peso atualmente muito pouco utilizada mas que na Antiguidade se baseava no peso de 1 grão de trigo (0,0125 g).


Anelídeos
O solo é uma parte da biosfera geralmente repleta de vida. Muitos dos seres vivos que habitam o interior do solo não são visíveis a olho nú, mas há outros que podem ser vistos com facilidade. Um exemplo é a minhoca. Ela vive em solo úmido, como é, geralmente, o solo fértil que serve como canteiro (de horta ou jardim).

minhoca pertence ao filo dos anelídeos - nome que inclui vermes com o corpo segmentado, dividido em anéis. Os anelídeos compreendem cerca de 15 mil espécies, com representantes que vivem no solo úmido, na água doce e na água salgada. Podem ser parasitas ou de vida livre.

Características gerais dos anelídeos
Além da minhoca, existem várias espécies de anelídeos. Podemos citar animais pequenos - como asanguessuga, que pode medir apenas alguns milímetros de comprimento - e também animais de grande porte - como o minhocuçu, que atinge dois metros.
O habitat dos anelídeos pode ser a água dos mares e oceanos ou a água doce e a terra úmida. Eles são considerados os mais complexos dos vermes. Além do tubo digestório completo, têm um sistemacirculatório fechado, isto é, têm boca e ânus e também apresentam um sistema circulatório em que o sangue só circula dentro dos vasos.
O corpo dos anelídeos é revestido por uma pele fina e úmida. Essa é uma característica importante da respiração cutânea - respiração realizada através da pele, pois os gases respiratórios não atravessam superfícies secas.
Na maioria das vezes, os anelídeos são hermafroditas, isto é, cada animal possui os dois sistemas reprodutores: o masculino e o feminino. No entanto, eles realizam fecundação cruzada e recíproca, ou seja, dois animais hermafroditas cruzam e se fecundam mutuamente.

Sanguessugas e a medicina
As sanguessugas (anelídeos) são animais invertebrados e hermafroditas que têm uma enorme diversidade morfológica. Existem mais de 600 espécies diferentes, entre elas há as terrestres, marinhas e de água doce. São parasitas temporários que se alimentam de sangue. Seu corpo, ligeiramente achatado, é constituído de cabeça, tronco e cauda, e está formado por diversos anéis. A sanguessuga tem uma mucosa bucal, equipada com dentes que usa para cortar a pele de suas vítimas. Suas glândulas salivares secretam substâncias anticoagulantes(hirundina) para prolongar a hemorragia, vasodilatadoras e um anestésico local (para evitar que o animal atingido perceba sua presença).
A sanguessuga medicinal europeia (Hirudo medicinalis) é a espécie mais famosa, seu corpo chega a 20 cm de comprimento, e é utilizada para fins terapêuticos há mais de 2500 anos. Em lugares como Roma, Grécia e Síria, estes animais eram usados para chupar o sangue de muitos lugares do corpo. Eram as chamadas sangrias, realizadas porque se acreditava que podiam curar desde dores locais (algo comprovado) e processos inflamatórios até obesidade, gota, tumores, distúrbios mentais, nefrite, etc.
Apesar do seu aspecto repulsivo, estes animais são importantes para médicos e cientistas atualmente. Na Europa e Estados Unidos, as sanguessugas estão sendo utilizadas nas cirurgias plásticas e reconstrutivas, pois podem provocar uma pequena hemorragia (que imita a circulação venosa), ajudando a restabelecer a circulação sanguínea na delicada área onde o enxerto foi aplicado. Desta forma, as sanguessugas são usadas para auxiliar no transplante de dedos, orelhas ou quaisquer partes que tenham sido gravemente danificadas em acidentes. Estes anelídeos combatem eficazmente a gangrena, descongestionam os vasos sanguíneos (retiram o excesso de sangue) e restabelecem a pressão e a circulação sanguíneas normais.
Comprovadamente, as sanguessugas são eficazes contra problemas inflamatórios como a artrite.
Os cientistas já identificaram várias substâncias medicinais que este pequeno invertebrado produz em sua saliva, cada vez que morde seu hospedeiro. Algumas destas substâncias, que estão sendo estudadas, poderiam tornar-se fármacos úteis para o tratamento de enfermidades cardiovasculares.

http://www.infoescola.com/anelideos/sanguessugas/
Artrópodes

Muitas vezes, não percebemos a presença daqueles animais com corpos de formas estranhas e cores variadas, que vivem ao nosso redor, voam sobre nossas cabeças ou aqueles que se locomovem próximo dos nossos pés. A maioria desses seres é formada por animais artrópodes.
Esse grupo inclui animais como aranha, mosca, siri, lacraia, piolho-de-cobra, camarão, escorpião, abelha, entre inúmeros outros. O grupo dos artrópodes é tão bem adaptado aos diferentes ambientes que, atualmente, representa mais de 70% das espécies animais conhecidas.

Características gerais dos artrópodes

A principal característica que diferencia os astrópodes dos demais invertebrados são as patas articuladas. Foi essa característica que deu o nome ao grupo, pois a expressão patas articuladas vem do grego: artro, que significa "articulação", e podos, "patas".
As patas articuladas permitem que o animal possa realizar vários movimentos diferentes, muitos deles bem definidos e elaborados. Além de uma locomoção muito eficiente, as patas articuladas apresentam outras vantagens para o animal, pois auxiliam na sua defesa e na captura de alimento. No dia-a-dia, é fácil observar nas formigas, por exemplo, a atividade que essas patas permitem.

Inseto saindo do seu exoesqueleto antigo.
Além das patas articuladas, outra característica importante dos artrópodes é a presença de um reforço externo: o exoesqueleto. Ele é resistente, impermeável e é constituído de sais de quitina, que é um tipo de "açúcar".
O exoesqueleto reveste e protege o corpo desses animais de muitos perigos externos e também evita que eles percam água. É uma importante adaptação ao ambiente terrestre.
Embora ofereça proteção, o exoesqueleto limita o tamanho do animal, pois não acompanha o crescimento do corpo. Quando esse exoesqueleto fica pequeno, ocorre a muda. Nesse fenômeno, o exoesqueleto antigo se desprende do corpo do animal e é trocado pelo novo, que já está formado.

Até se tornarem adultos, os artrópodes podem fazer essa troca várias vezes. Por isso, podemos encontrar exoesqueletos de artrópodes soltos em árvores.

Os diversos grupos de artrópodes
Os artrópodes são subdivididos em classes de acordo com alguns critérios, como a divisão do corpo e onúmero de apêndices apresentados (por exemplo: número de patas, antenas etc.).
Entre as classes de artrópodes, podemos citar: crustáceosaracnídeosquilópodesdiplópodes einsetos.
A seguir, vamos conhecer melhor cada uma delas.


Crustáceos
A maioria dos crustáceos é marinha, ou seja, vive nos mares e oceanos. Algumas espécies, porém, têm seu hábitat na água doce, e outras, ainda, são terrestres, como o tatuzinho-de-jardim. Podemos citar como exemplos de crustáceos mais conhecidos: Camarão, lagosta, siri, caranguejo e craca. O tamanho desses animais varia bastante de uma espécie para outra.
O corpo dos crustáceos, é dividido em cefalotórax, parte do corpo formada por cabeça e tórax fundidos, e abdome.
Esses animais possuem um número variável de patas (geralmente cinco pares) e dois pares de antenas. O exoesqueleto de muitos crustáceos apresenta carbonato de cálcio, uma substância que forma a carapaça dura dos siris e caranguejos.











sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Invertebrados

Platelmintos:



Vermes achatados dorsoventralmente, como uma folha de papel. Não possuem sistema circulatório e respiratório. Têm simetria bilateral. Vivem na água doce ( exemplo Planárias) e do mar ( vida livre). Alguns têm vida parasitária.
Sistemo digestório é incompleto ou ausente. A excreção é feita por células-flama (ou solenócitos, ou protonefrídios). Estruturas típicas dos platelmintos, as células-flama eliminam os excretas para a superfície corpórea. São amoniotélicos, isto é, secretam amônia e não uréia como nós seres humanos.
São os primeiros animais com um sistema nervoso central que é formado por um anel nervoso, ligados a cordões longitudinais ou por um par de gânglios cerebróides dos quais partem filetes nervosos laterais que percorrem todo o corpo, emitindo ramificações.
São hermafroditas, alguns se reproduzem por partenogênese.
Exemplos : Planária – classe Turbelários. Schistosoma - classe Trematódios. Taenia solium – classe Cestódios.

Nematelmintos:

Vermes cilíndricos. Alguns animais são de vida livre, outros de vida parasitária.
O animal é um tubo dentro do outro. O tubo interno é o trato digestivo e o externo é constituído por uma cutícula. Não têm sistema circulatório , também não têm órgãos respiratórios.
Sistema digestório completo, com boca e ânus. Na boca, podem ser encontradas placas cortantes semelhantes a dentes, com as quais os nematelmintos podem perfurar os tecidos de outros seres vivos. Muitos nematelmintos de vida livre são carnívoros e se alimentam de pequenos animais ou de corpos de animais mortos. Os parasitas intestinais recebem o alimento já parcialmente digerido pelo hospedeiro.
Reprodução : A maioria das espécies são dióicas, (realizam fecundação interna), ocorrendo em algumas nítido dimorfismo sexual: normalmente os machos são menores que as fêmeas.

http://dicasdeciencias.com/2008/06/09/platelmintos-e-nematelmintos/


http://www.ibb.unesp.br/

Teníase

A teníase é uma doença causada pela fase adulta de um verme chamado tênia (taenia solium e taenia saginata) quando esta se aloja no intestino humano através da ingestão de derivados de porco e boi mal cozidos que contenham cistos do verme. Estes cistos formam a popular solitária que pode chegar a três metros de comprimento dentro do organismo humano. Seu corpo é formado por anéis e estes podem armazenar até 80.000 ovos cada um. Os ovos liberados pelas fezes contaminam o solo e a água que transmite aos animais e esses passam para o homem.

Sintomas
A verminose por muitas vezes não se manifesta, porém pode apresentar alterações do apetite, diarréia, enjôo, insônia, perda de peso, irritação, dor abdominal, fadiga e fraqueza.

Tratamento
O tratamento consiste na ingestão de um anti-helmíntico associado ou não a vermicidas. Para o tratamento caseiro utiliza-se até hoje o chá de sementes de abóbora.

Prevenção
Para prevenir esta verminose é importante que se lave bem as mãos ao utilizar o banheiro, ao preparar carnes, ao preparar as carnes e congelá-las (-15º por 3 dias) antes do consumo para que se por acaso houver o verme nesta, ele possa ser morto.
Por gabriela cabral


Cisticercose

A cisticercose é causada pela ingestão acidental dos ovos da Taenia solium: platelminto que tem como hospedeiros intermediários os suínos. Indivíduos com teníase, por possuírem em seu organismo a forma adulta da tênia, liberam ovos destes animais, juntamente com suas fezes, podendo contaminar a água ou mesmo alimentos ou mãos. Assim, ao se ingerir os ovos da T. solium, este parasita se encaminha do trato digestório à corrente sanguínea, e se aloja em órgãos como cérebro, olhos, coluna ou músculos.

A gravidade da doença depende muito da região infestada. Um cisticerco localizado no cérebro, por exemplo, pode causar dores de cabeça, convulsões, confusão mental e até morte sendo, obviamente, o caso clínico mais grave. Alojada na coluna e região muscular, causa dor e dificuldades de locomoção e na região ocular, distúrbios visuais e até cegueira.

O período de incubação da doença varia entre 15 dias a anos após a infecção, podendo também, nunca se manifestar. O tratamento varia de acordo com a localização dos cisticercos, período de contaminação e estado de saúde do paciente.

Não defecar ao ar livre; lavar sempre as mãos, principalmente antes de se alimentar e após usar o sanitário; não utilizar fezes humanas, nem esgoto como adubo; não irrigar horta com água de rio; lavar bem as frutas e verduras antes de ingeri-las; tomar água apenas se estiver tratada e acompanhamento médico dos portadores de cisticercose e teníase são as principais formas de evitar seu contágio e o de outras pessoas a curto e a longo prazo.
 
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.


Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola


http://www.brasilescola.com/doencas/cisticercose.htm

Ascaridíase

A ascaridíase é o resultado da infestação do helminto Ascaris lumbricoides no organismo, sendo mais frequentemente encontrado no intestino. Aproximadamente 25% da população mundial possui estes parasitas, sendo tais ocorrências típicas de regiões nas quais o saneamento básico é precário.

Este patógeno, conhecido popularmente como lombriga, tem corpo cilíndrico e alongado, e pode chegar até 40 centímetros de comprimento. Fêmeas são maiores e mais robustas que os machos; e estes apresentam a cauda enrolada. Surpreendentemente, um único hospedeiro pode apresentar até 600 destes indivíduos.

A contaminação por ele se dá pela ingestão de seus ovos, geralmente encontrados no solo, água, alimentos e mãos que tiveram um contato anterior com fezes humanas contaminadas.

No intestino delgado, liberam larvas que atravessam as paredes deste órgão e se direcionam aos vasos sanguíneos e linfáticos; se espalhando pelo organismo. Atingindo a faringe, estas podem ser liberadas juntamente com a tosse ou muco; ou, ainda, serem deglutidas, alcançando novamente o intestino. Lá, reproduzem-se sexuadamente, permitindo a liberação de alguns dos seus aproximados 200 mil ovos diários, pelas fezes, propiciando a contaminação de outras pessoas.

Devido ao espalhamento das larvas, febre, dor de barriga, diarreia, náuseas, bronquite, pneumonia, convulsões e esgotamento físico e mental são alguns sintomas que podem se apresentar; dependendo do órgão que foi afetado. Entretanto, em muitos casos a verminose se apresenta assintomática.

Para diagnóstico, é necessário que se faça exames de fezes, onde podem ser encontrados os ovos deste animal. Existe tratamento, que é feito com uso de fármacos e adotando medidas de higiene básica.

Quanto à prevenção, ingerir somente água tratada, lavar bem frutas e legumes antes de ingeri-los, lavar sempre as mãos, não defecar em locais inapropriados, dente outras, fazem parte desta lista.

http://www.brasilescola.com/

Ancilostomíase

  Ancilostomíase: Amarelão

A Ancilostomíase, Ancilostomose ou Necatoríase são nomes de doenças causadas pelos Ancilostomídeos das espécies Ancylostoma duodenale ou Necator americanus. Estas verminoses, também conhecidas como “amarelão” têm grande prevalência em regiões quentes e úmidas, de solo arenoso. Os vermes causadores destas helmintose têm o peridomicilio como o principal foco de contaminação da população. Isto se deve, pelo seguinte fato de que o único hospedeiro para esses parasitas é a espécie humana.
Os ovos dos helmintos causadores da ancilostomíase possuem forma ovalada, casca fina e transparente e um espaço largo e claro entre a casca e o conteúdo dos ovos. As larvas rebditóide apresentam bulbo esofageano (esôfago do tipo rabditóide) e vestibulo bucal longo. Já as larvas filarióide apresentam esôfago cilíndrico (do tipo filarióide) e cauda pontiaguda.
Os vermes adultos alcançam aproximadamente um centímetro de comprimento sendo que as fêmeas são um pouco maiores que os machos. Possuem o corpo cilíndrico, rígido, somente afilado nas extremidades.  Os machos apresentam na extremidade posterior uma expansão chamada de bolsa copuladora. Na porção anterior encontramos a cápsula bucal, que permite a distinção entre os dois parasitas.
As formas de transmissão desta verminose acontecem por penetração ativa das larvas filarióides infestantes na pele ou mucosas, principalmente nas regiões dos pés, pernas, nádegas e mãos, como também pela ingestão das larvas junto com os alimentos.
Infectado pelo parasita, o indivíduo apresentará os seguintes sintomas:
  • Lesão Cutânea: Hipersensibilidade com irritação local, prurido, edema. Ocorre na parte superior dos pés, nas pernas, nádegas e regiões interdigitais.
  • Lesão pulmonar: Presença de focos hemorrágicos (onde as larvas perfuram as paredes alveolares), edema e presença de líquido na luz alveolar. O indivíduo apresenta um quadro semelhante à pneumonia, com tosse, febre, etc.
  • Lesão da mucosa intestinal e espoliação sanguínea: Vermes se alimentam de sangue e dilaceram a mucosa intestinal ocasionando pequenas hemorragias. Estabelecem uma anemia de evolução lenta acompanhada de perturbações e cólicas abdominais.
  • Em crianças ainda podem ocorrer diminuição ou perversão do apetite (comer terra), retardamento físico e mental, e ainda consequências como dificuldade de aprendizagem escolar e a debilidade orgânica generalizada.
Como forma de prevenir a doença é necessário haver:
  • Educação sanitária em massa.
  • Serviços de engenharia sanitária (construções de moradias higiênicas, dotadas de água tratada e instalações sanitárias adequadas).
  • Abolir por completo adubação com fezes humanas.
  • Proteção dos pés pelo uso de calçados.
  • Alimentação adequada, rica em proteínas, sais minerais, vitaminas e hidrato de carbono.
  • Tratamento dos doentes (deve ser repetido com intervalo de seis meses, durante dois anos aproximadamente, a fim de impedir que o homem continue disseminando os ovos. Utiliza-se anti-helmínticos e antianêmicos.
Para diagnóstico laboratorial da verminose é necessário fazer uma pesquisa de ovos de vermes nas fezes, através dos métodos de sedimentação espontânea (HPJ) o MIFC, método de Willis, entre outros. Para fazer a pesquisa de larvas, são usados os métodos de Baerman – Moraes ou Método de Rugal.

http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=3740968528617812160&postID=6292381582870855726

Ciclo de vida do verme da esquistossomose      

A Esquistossomose, também conhecida como barriga d'água, ou mal do caramujo é uma importante doença no brasil, devido ao número de vítimas.Segundo a Fundação Nacional de Saúde, estima-se que haja 200 milhões de pessoas infectadas no mundo, enquanto outros 600 milhões encontram-se sob risco de contrair a doença. No Brasil a esquistossomose está presente em 19 estados, dentre eles São Paulo, e existem aproximadamente 26 milhões de brasileiros expostos ao risco de contaminação.  
      A esquistossomose é causada pelo Schistosoma mansoni , verme achatado do grupo dos trematódeos. O corpo, de cor esbranquiçada, não possui divisões, epiderme ou cílios externos, e é recoberto por um tipo de cutícula. Possui uma ventosa oral e outra ventral; podem medir de 1,0 a 1,5 cm, sendo a fêmea maior e um pouco mais escura que o macho.
     O ovo de S. mansoni mede 150 micrômetros de comprimento por 60 micrômetros de largura (1 micrômetro corresponde a uma das partes resultantes de um milímetro dividido em 1000). Visto ao microscópio óptico, o ovo pode ser reconhecido pela presença de um espículo , espécie de pequeno espinho, voltado para trás.
     As fêmeas de S. mansoni põem os ovos na parede de pequenos vasos sanguíneos. Eles permanecem nesse local por cerca de uma semana, até que as larvas, presentes no seu interior, alcancem um determinado estágio de desenvolvimento, quando, finalmente, são liberados juntamente com as fezes, indo contaminar o ambiente. Assim, se essas fezes forem deixadas perto   ou dentro de um manancial de água doce, parada ou com pouca correnteza, elas irão contaminar a água com os ovos de S. mansoni , que eclodirão dando origem a larvas denominadas de miracídios. Se nesses mananciais houver determinadas espécies de caramujos os miracídeos irão infectá-los. Só depois de passar pelo caramujo e se transformar em outro tipo de larva, a cercaria , é que o S. mansoni terá capacidade para penetrar no corpo humano. Os principais caramujos que servem como hospedeiros intermediários são do gênero Biomphalaria , cuja principal característica é a concha de cor marrom acinzentada e achatada nas laterais.
      Depois de trinta dias, aproximadamente, o caramujo infectado liberará, na água onde vive, cerca de 100 a 300 mil cercárias , que ficam nadando e que podem penetrar em vários organismos, como aves e outros mamíferos, mas só continuarão o seu ciclo de vida se infectarem o Homem. Nele, a penetração das cercarias ocorre através das mucosas e da pele, principalmente da pele dos pés e das pernas, por serem as áreas do corpo que mais se expõem ao contato com a água. Ao penetrar através da pele as cercárias provocam sintomas como sensação de comichão (coceira), inchaço local, vermelhidão e dor. Se essas larvas estiverem na água a ser bebida elas penetrarão pela mucosa da boca,   desenvolvendo-se normalmente, ou irão para o estômago, onde o suco gástrico provocará a destruição de todas elas.
      Depois de penetrar através da pele, as cercarias migram pelo tecido até alcançar um vaso sangüíneo. Desse modo, elas são levadas junto com o sangue até os pulmões podendo causar febre, mau estar, tosse, dores musculares, dores abdominais e hepatite. Dos pulmões, juntamente com o sangue, elas alcançarão os vasos sanguíneos do fígado, podendo causar febre e aumento do abdômen devido ao acúmulo de água, razão da doença ser conhecida também como barriga d'água. No fígado essas larvas alimentar-se-ão e transformar-se-ão em adultos fêmea e macho. Depois de se acasalarem as fêmeas darão origem a ovos que serão depositados, principalmente na parede dos vasos que irrigam o intestino. Na maioria das vezes, esses ovos desenvolver-se-ão e serão liberados juntamente com as fezes, contaminando o ambiente. Ao atingirem a luz do intestino, local onde as fezes são formadas, eles podem causar hemorragias e inchaço. No entanto, há casos nos quais os ovos não são levados à luz intestinal e sim ao fígado, onde causam graves alterações, como a necrose, que é a morte de células, que são substituídas por um tecido mais rígido, fibroso, e que não realiza as funções próprias do tecido hepático.
      Os locais mais freqüentes para contaminação por esses ovos são valas de irrigação de hortas, açudes, pequenos córregos, onde geralmente se lava roupa, e reservatórios de água.