sexta-feira, 29 de abril de 2011

2° Bimestre - Filogenia

A evolução dos seres vivos:os ancestrais comuns - o homem descende do macaco?

O homem não veio do macaco. Todo biólogo sério deve ser capaz de explicar didaticamente esse enunciado, mesmo que não seja um especialista em biologia evolutiva – um botânico, um bioquímico, um zoólogo, um parasitologista, um ecólogo, enfim… – e, de preferência, explicar também que o macaco não veio do homem; Explicar que o homem (Homo sapiens) e o macaco (Macaca mulatta) são dois animais diferentes, duas espécies distintas, e que estão historicamente unidas por um outro motivo: compartilham um ancestral comum. A compreensão deste fato, de que o homem não veio do macaco – e de que muito menos o macaco veio do homem – é uma das premissas para afundar de vez a concepção de scala naturae, infelizmente ainda tão comum. O que se deve ter em mente é relativamente simples: dados dois elementos quaisquer, A e B, há um ancestral comum a ambos, e dados três elementos quaisquer, A, B e C, há um ancestral comum a dois deles e que não é ancestral do terceiro. Com essas regras simples em vista, constrói-se mentalmente uma árvore que deve ser capaz, depois de certo tempo, de enterrar essa “great chain of being”.

Mas um problema geralmente se impõe: as pessoas têm que visualizar esse ancestral comum. Apesar de não desejável, essa é uma atitude plenamente normal, e até mesmo esperada quando se trata do comportamento do ser humano: não basta dizer que dois seres quaisquer A e B têm um ancestral comum; esse ancestral tem que ser imaginado, desenhado mentalmente, sua imagem e sua gestalt têm que ser sentidas, pois afinal é com elas que boa parte dos estudantes irá construir a idéia de um ancestral comum. Daí a indagação: como, e “onde”, classificar esse ancestral comum? Em que grupo inserí-lo? Essas são perguntas que devem ser respondidas. O problema é que quando tentamos imaginar a gestalt do ancestral comum (próximo) de homens e macacos é mais provável que imaginemos um primata muito mais parecido com um “macaquinho”; quando tentamos imaginar o ancestral comum de musgos e samambaias, é mais provável que visualizemos uma plantinha como um musgo; e quando tentamos fazer o mesmo com o ancestral comum do atum e do tigre, imaginaremos uma espécie de “peixe”… E isso, infelizmente, favorece toda sorte de concepções equivocadas sobre a história evolutiva (estou falando, não poderia deixar de ser, da scala naturae).

Classificar o ancestral comum, uma vez que se trata de uma entidade biológica real, que num dado momento existiu, é certamente uma necessidade. Mas essa classificação pode gerar uma série de incorreções e de raciocínios deturpados que minarão seriamente a capacidade do estudante de compreender o processo evolutivo. Isso fica particularmente claro quando se usa a sistemática clássica, e penso que esse é um dos principais argumentos a favor do uso da sistemática filogenética em detrimento dessa já capenga sistemática clássica. Senão vejamos:

A sistemática clássica trabalha com categorias taxonômicas. Seja qual for o taxon estudado, deve haver uma categoria taxonômica a ele associada. Tomemos como exemplo os vertebrados terrestres. Segundo a sistemática clássica, temos quatro Classes: Mammalia, Aves, Reptilia e Amphibia. Onde então seria classificado o ancestral, digamos, do homem e da iguana? Se esse ancestral era um vertebrado terrestre, ele deve possuir uma determinada Classe (assim como uma Ordem, uma Família etc.), e deve portanto ser enquadrado numa das quatro Classes existentes. Historicamente, como é bem conhecido, esse ancestral era inserido na Classe Reptilia. A partir daí, é normal e quase obrigatório dizer que “os mamíferos vieram dos répteis”. A mesma situação teríamos ao se pensar no ancestral comum ao jacaré e ao sapo: esse ancestral seria enquadrado na Classe Amphibia, e daí mais que normal dizer que “os répteis vieram dos anfíbios”.

O problema que surge aqui, como se torna fácil perceber, é que não se pode querer classificar o ancestral comum de dois grupos dados num dos dois grupos. Nem num terceiro, se for de uma categoria de mesmo nível (por exemplo: “o ancestral comum de um animal da Classe Mammalia e de um animal da Classe Aves era um animal da Classe Reptilia”). Não se pode classificar o ancestral comum de briófitas e pteridófitas como uma briófita, nem o ancestral comum de répteis e anfíbios como um anfíbio (em seu tempo: para piorar ainda mais as coisas na sistemática clássica, vários desses grupos que denominei são parafiléticos. Isso, contudo, é assunto para outra ocasião). Criar taxa novos, apenas para conter os ancestrais, seria pior ainda.

A sistemática clássica, com suas categorias taxonômicas engessadas, é incapaz de classificar adequadamente os ancestrais, e acaba infelizmente contribuindo para a manutenção dessa concepção absurda de scala naturae.

Os reinos dos seres vivos

Reino Monera

Os seres vivos incluídos no reino Monera são unicelulares procariontes (organismos que não possuem núcleos ligados à membrana). Os membros deste reino são as bactérias, cianobactérias ou algas verde-azuladas (BGA) e espiroquetas.
Alguns membros do mesmo organismo, se juntam para formar cadeias. Cianobactérias é um tipo de organismo, que é intermediária entre algas (que possui clorofila) e bactérias (é um procarionte). Seu modo de nutrição é por absorção de alimentos através da parede celular.

Reino Protista

O reino Protista inclui os organismos unicelulares eucariontes, que contém organelas ligadas à membrana. Ela inclui os organismos que não são nem plantas nem animais. Em termos simples, os seres vivos classificados Protista são incomuns e diversas formas, que não podem ser agrupados em nenhum dos quatro restantes reinos.
Por exemplo, os organismos mais simples da Terra, ameba (um protozoário) e algas marinhas gigantes (uma alga) pertencem a este reino. Os membros do reino Protista obtêm nutrição por absorção, ingestão e fotossíntese.

Reino Fungi

Os fungos constituem um grupo de seres multicelulares, eucariontes, organismos não-móveis que formam hifas e micélio. Membros pertencentes a este reino faltam clorofila, portanto, eles são diferenciados das plantas.
O tipo de organismos classificados como fungos incluem bolores, leveduras, sujeiras e cogumelos. Seu tamanho pode variar desde pequenas leveduras microscópicas de cogumelos.
Fungos derivam seus nutrientes por absorção de mortos e em decomposição de materiais orgânicos.

Reino Plantae

Reino Plantae engloba seres multicelulares, eucarióticos, não móveis, mas coisas vivas. O tipo de organismos incluídos neste reino são algas, musgos, samambaias, plantas que não florescem.
Estes organismos contêm os pigmentos fotossintéticos, chamados clorofila. Assim, eles sintetizam seu próprio alimento através da fotossíntese, que ocorre na presença de dióxido de carbono, água e luz solar.

Reino Animalia


Animalia são grupo de multicelulares, eucarióticos são seres, coisas vivas que se movem. Membros pertencentes à Animalia são insetos, vermes, peixes, répteis, anfíbios, aves e mamíferos.
Eles não podem sintetizar alimentos e o seu modo de nutrição é através da ingestão de alimentos. Eles podem se alimentar tanto de plantas ou outros seres vivos.
É de notar que os vírus e outras entidades não-celulares não estão incluídos na classificação dos seres vivos. Nos últimos tempos, os cientistas ainda dividiram o reino Monera em eubactérias e arqueobactérias.
O primeiro refere-se a bactérias verdadeiras, enquanto este último engloba os organismos como bactérias que se adaptam a condições ambientais extremas, como fontes termais e chaminés vulcânicas.



http://www.vidaesaude.org/biologia-vida/os-cinco-reinos-dos-seres-vivos.html

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