sexta-feira, 20 de maio de 2011

A Vida: no início foram os oceanos

Cianobactérias e Estromatólitos

 As bactérias foram os organismos mais antigos a habitar o planeta Terra. As cianobactérias correspondem aos primeiros fósseis de bactérias encontrados no registro geológico, com idade de 3,5 bilhões de anos atrás. Ainda hoje as cianobactérias são abundantes, vivendo numa variedade de ambientes. Seu tamanho individual geralmente é menor que 0,01mm.
As cianobactérias são organismos autotróficos fotossintetizantes. São extremamente tolerantes a variações de salinidade e temperatura. As cianobactérias podem formar colônias ou viver livremente, como uma única célula. As colônias podem ser planas ou esféricas.
As cianobactérias raramente são encontradas preservadas como microfósseis, talvez pelo seu tamanho pequeno ou pela dificuldade em diferenciá-las de fósseis de fungos microscópicos, porém em alguns casos até mesmo a parede celular ficou preservada. Entretanto, estruturas biossedimentares construídas pelas cianobactérias - os estromatólitos - são encontrados em todos os continentes, sendo seu registro mais abundante no Pré-Cambriano. Os estromatólitos são estruturas caracterizadas por camadas superpostas de minerais que são produzidas por cianobactérias. As colônias de cianobactérias se fixam em um substrato, em meio aquoso límpido e iluminado e, nessas condições, proliferam e formam "esteiras microbiana", viscosas, ricas em mucilagem que captam e incorporam partículas sedimentares do meio.
Ao longo do tempo, várias camadas de mucilagem e sedimento vão se superpondo, formando estruturas na forma de domos ou colunas, os estromatólitos, que, posteriormente litificam, transformando-se em rocha.

Fotossíntese

 A fotossíntese é o processo pelo qual a planta sintetiza compostos orgânicos a partir da presença de luz, água e gás carbônico. Ela é fundamental para a manutenção de todas as formas de vida no planeta, pois todas precisam desta energia para sobreviver. Os organismos clorofilados (plantas, algas e certas bactérias) captam a energia solar e a utilizam para a produção de elementos essenciais, portanto o sol é a fonte primária de energia. Os animais não fazem fotossíntese, mas obtém energia se alimentando de organismos produtores (fotossintetizantes) ou de consumidores primários. A fotossíntese pode ser representada pela seguinte equação:

luz
6H2O + 6CO2 -> 6O2 + C6H12O6
clorofila
A água e o CO2 são pouco energéticos, enquanto que os carboidratos formados são altamente energéticos. Portanto a fotossíntese transforma energia da radiação solar em energia química.
Através da fotossíntese as plantas produzem oxigênio e carboidratos a partir do gás carbônico. Na respiração ela consome oxigênio e libera gás carbonico no ambiente, entretanto em condições normais, a taxa de fotossíntese é cerca de 30 vezes maior que a respiração na mesma planta, podendo ocorrer momentos em que ambas serão equivalentes.

Protozoários

Protozoários são seres unicelulares, eucariontes e heterótrofos. São classificados baseando-se na sua maneira de locomoção em quatro grandes grupos, a saber:
  • Rizópodos ou Sarcodíneos — movimentam-se por emissão de pseudópodos.
     
  • Flagelados ou Mastigóforos — apresentam locomoção por batimento de flagelos.
  • Ciliados — locomoção por cílios.
  • Esporozoários — não se movimentam e são todos parasitas.
Os protozoários são organismos, regra geral unicelulares, que nos seus grupos mais primitivos constituem o nexo de união entre os reinos animal e vegetal. Há algumas espécies pluricelulares, mas que mais não são que aglomerados de células, sem chegarem ao nível da formação de tecidos. A forma destes animais pode ser constante ou variável; dispõem de prolongamentos citoplasmáticos (pseudópodes - ex.: amiba) ou estruturas mais ou menos rígidas (cílios ou flagelos) que servem para a deslocação e também para a obtenção de alimentos. No interior do corpo, dispõem de diversos orgânulos que desempenham distintas funções. Em muitos deles existe uma abertura na membrana celular que serve para a entrada dos alimentos (citostoma) e que por vezes se prolonga numa espécie de faringe (citofaringe). Apresentam numerosos vacúolos digestivos nos quais aproveitam os alimentos. Freqüentemente aparece uma outra abertura da membrana através da qual expulsam para o exterior os resíduos da digestão e do metabolismo (citopígio). Há também vacúolos pulsáteis ou contractivos que actuam como uma bomba e cuja função é a osmorregulação da célula. Algumas espécies têm uma película semipermeável muito resistente que as envolve, ao passo que as outras estão dotadas de orgânulos defensivos ou ofensivos (cavidades com um filamento extensível) e algumas revestem-se de uma cobertura rígida para suportarem as épocas desfavoráveis (quistos). Alguns protozoários, em especial os ciliados, dispõem de uma acumulação de pigmento fotossensível (estigma ou mancha ocular). Existem igualmente elementos de suporte interno (concreções de ácido silícico ou de sulfatos) o externo (cápsulas de quitina, de ácido silícico ou de carbonato). Os protozoários desenvolvem todos os tipos possíveis de alimentação, desde a autotrófica nos grupos inferiores (deste modo relacionados com as plantas) à predadora. Alguns associam-se com algas fotossintéticas; outros são saprófitos e alimentam-se de substâncias em decomposição; alguns são parasitas, provocando diversas doenças tanto nos animais como nas plantas. Os predadores capturam as presas englobando-as com os seus pseudópodes ou envolvendo-os em cílios ou flagelos a fim de dirigi-los para o citostoma.

REPRODUÇÃO

A reprodução na maioria dos protozoários é assexuada e faz-se por simples divisão da célula mãe em duas células filhas, ao longo de um plano longitudinal ou transversal, ou ainda, por gemação. Outros sofrem múltiplas divisões e alguns apresentam reprodução sexuada que pode ser por singamia ou por conjunção. No primeiro caso os dois indivíduos fundem-se completamente um com o outro e comportam-se como se fossem gâmetas; no segundo os dois indivíduos participantes, que então se chamam conjugantes, unem-se transitoriamente, estabelecem uma ponte citoplasmática entre ambos e através dela trocam material do núcleo. Os protozoários encontram-se presentes na maioria dos meios do planeta desde que disponha de uma quantidade mínima de líquido através do qual possam deslocar-se. Constituem o elemento primário do plâncton (zooplâncton) o qual, juntamente com o formado pelos organismos vegetais (fitoplâncton) é a base das cadeias tróficas oceânicas. Sendo o primeiro passo da pirâmide ecológica, é deles que depende a existência de todos os outros animais marinhos. A sistemática desses organismos é complexa, dado que há muitas dúvidas sobre as suas origens e relações, e além disso, nos grupos mais primitivos, os limites que o separam de outros reinos não são bem definidos. No entanto, admitem-se, de uma maneira geral, quatro grandes grupos de protozoários : os zooflagelados, os rizópodes, os esporozoários e os ciliados, mantendo os dois primeiros estreitas relações de parentesco.



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