sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Exploração da África pelos Portugueses


A Origem da Escravidão

O Brasil, foi um País fundado sob o trabalho forçado e o comercialização de pessoas. Foi o País, que mais importou escravos nos tempos modernos, o mais dependente do trabalho escravo do continente americano.Foram III séculos e meio de regime escravocrata, contra apenas um, de trabalho livre. Ao longo desses séculos, importou 4 milhões de negros africanos, 40% das importações totais de todas as Américas, numa das mais volumosas operações de transferência forçada de pessoas na história. O escravo podia ser objeto de venda, de compra, de troca, de empréstimo, de doação, como qualquer mercadoria. Mas, era uma mercadoria especial, quando cometia um crime, era punido com os rigores do Código Penal. Por isso alguns historiadores escreveram: "O primeiro ato humano do escravo, é o crime" então, ele virava gente, de pleno direito".


No Brasil, os escravos eram expostos em armazéns, "mercados", ou oferecidos de porta em porta , acorrentados. Os navios, e todo o percurso , desde a savana africana , até o destino final, podia durar até 165 dias. O que explica que 40% dos negros capturados em Angola, morriam durante os seus deslocamentos até o litoral da África. E os outros, 10% a 20%, nos armazéns, que ficavam alojados, antes de desembarcarem. Mais da metade morriam na própria África.
As causas das mortes eram; maltratos, má alimentação, superlotação e doenças, as mais diversas. Tivemos quase 400 anos de história, em que os afortunados,
, acostumaram-se à noção de que, os outros podem ser torturados. A escravidão fundou a civilização brasileira, onde o objetivo da elite era (ou é), manter a diferença com relação ao restante da população. No Brasil, os últimos negros chegaram, em 1850, ano em que terminou o tráfico negreiro.
Falar de Escravidão, é o mesmo que tentar explicar de onde surgiu a pobreza, a diferença social, a miséria, o preconceito, a exclusão na terra de nome Brasil.

 Fonte: http://capoeiraangolamae.de/p/history.php

Diferença entre escravos e servos

O escravo é um indivíduo que não tem nenhum direito sobre si mesmo; é considerado uma mercadoria,  
um objeto. Trabalha para seu proprietário sem receber nenhuma remuneração; recebe apenas os meios para que não morra - afinal, sua morte causaria prejuízos ao senhor.
Já o servo, que é preso à terra onde vive, não é propriedade do seu dominador. Embora seja obrigado a pagar tributos, tem direito a parte do que produz.

Fonte: Apostila Anglo

Tráfico Negreiro


É chamado de Tráfico negreiro o envio arbitrário de negros africanos na condição de escravos para as Américas e outras colônias de países europeus durante o período caracterizado como colonialista.




Durante a Idade Moderna, primordialmente depois que se descobriu a América, in- tensificou-se o comércio escravo, sem qualquer limite quanto à crueldade praticada, visava-se somente o lucro que se obteria com a venda de homens, mulheres e crianças vindas direto da África para as Américas.



A escravidão ocorre desde a origem de nossa história, quando os povos que eram derrotados em combates entre exércitos ou armadas eram aprisionados e transformados em escravos por seus dominadores. O povo hebreu é um exemplo disso, foram comercializados como escravos desde os primórdios da História. Os escravos eram usados nos trabalhos mais pesados e toscos que se pode imaginar.


A explicação encontrada para o uso da mão-de-obra escrava fazia alusão a questões religiosas e morais e à suposta preeminência racial e cultural dos europeus.


Os portugueses já utilizavam o negro como escravo desde o ano de 1432, trazido pelo português Gil Eane, utilizando-os nas ilhas da Madeira, de Açores e Cabo Verde, anteriormente à efetivação da colonização brasileira.


No Brasil a escravidão passou a ser utilizada na primeira metade do século XVI, devido à 
produção de açúcar. Os portugueses transportavam os negros oriundos da África para serem usados como mão-de-obra escrava nos moinhos de cana-de-açúcar do Nordeste.



Os africanos aprisionados pelos portugueses quando aqui chegavam eram cedidos por um determinado preço, como se fossem uma mercadoria qualquer. 


Os que tinham uma saúde mais perfeita chegavam a ser comercializados pelo dobro do valor em comparação aos velhos e fracos.


A travessia do continente africano para o Brasil era feita nos porões dos navios negreiros, com os negros empilhados da maneira mais insalubre e desumana possível, sendo que muitos deles nem sequer chegavam vivos, tendo seus corpos atirados ao mar.


Nas fazendas açucareiras os escravos trabalhavam de sol a sol, recebendo para vestir apenas um pedaço de pano ou qualquer peça de vestuário velha, dormiam nas senzalas – barracões escuros, úmidos e com quase nenhuma higiene –, acorrentados para não fugirem.


Os castigos eram freqüentes, sendo o chicote a punição mais utilizada no Brasil colônia. Aos negros era vedado o direito de exercer sua religião de ascendência africana e manter a sua cultura – festas e rituais africanos eram terminantemente proibidos –, eram obrigados a professar a religião católica, determinação dos senhores de engenho, e a comunicar-se utilizando a língua portuguesa.


Apesar das proibições, os negros, ocultamente, realizavam seus rituais e suas festas; foi neste período que se desenvolveu um tipo de luta que ficou muito conhecida aqui no Brasil: a capoeira. Eles também desenvolveram o candomblé, a umbanda, e outras religiões, nas quais ritos africanos eram mesclados a elementos do catolicismo, dando origem ao famoso sincretismo religioso brasileiro.


O negro não aceitou a escravidão pacificamente, as agitações ocorriam quase regularmente nas fazendas, escravos em bandos fugiam, criando nas florestas os célebres quilombos – lugares aonde habitavam apenas escravos fugitivos – ali viviam em liberdade para realizar seus rituais, suas festas e também para falar sua própria língua. O quilombo mais importante foi o de Palmares, cujo líder foi Zumbi.


Em 1850 foi aprovada a Lei Eusébio de Queiroz, a qual punha um fim ao comércio negreiro; em 28 de setembro de 1871 foi sancionada a Lei do Ventre Livre, concedendo liberdade aos filhos de escravos que nascessem a partir daquele momento. Finalmente, no ano de 1885, foi anunciada a Lei dos Sexagenários, que contemplava com a liberdade os escravos com mais de 60 anos.
Foi só no final do século XIX que definitivamente a escravidão, a nível mundial, foi abolida de vez do quadro negro da história. No Brasil a Abolição só se deu no dia 13 de maio de 1888, com o anúncio público e oficial da Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel.






















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